O TÉDIO
(Harmonia Dissonante)
O tédio consumiu-te, isolou-te.
Nada sobrou de ti, mantiveste
No espírito o bailar do cipreste
Solto ao vento sem fim. Norteou-te
A visceral razão que acendeste
Nas entranhas. O sonho apressou-te
Na direção da vida, roubou-te
Da cicatriz que sempre soubeste
Administrar. Eternas surpresas
Burilaram as cores ilesas
Do abandono, cerraram o instante,
Petrificaram o mar agônico
Do desmantelo idoso e antagônico,
Sondaram o eixo do impulso errante.
Aroldo Ferreira Leão
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Há 15 anos
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